domingo, 23 de agosto de 2009

L’istanza fondamentale della Street Art dovrebbe essere dunque la protesta contro la globalizzazione economica, l’omologazione culturale e il consumismo sfrenatodella società attuale.

(...)

La Street Art si propone anche come rappresentazione della realtà quotidiana, uno specchio che riflette le caratteristiche della società postmoderna.

(...)

Lo scopo fondamentale del Postgraffitismo dovrebbe quindi essere la spinta all’attivismo sociale e politico. Le varie forme della Street Art tentano di creare negli individui la consapevolezza che un mondo migliore è possibile. Raggiungere il successo significherebbe rovesciare il sistema attuale, abbattere le strutture del capitalismo e della globalizzazione, che sta provocando la rovindo dell’ambiente e aumentando il divario tra Nord e Sud del mondo. In primo luogo, occorre convincere il pubblico, cioè l’insieme di persone che vede una qualche manifestazione artistica abusiva, a riappropriarsi degli spazi e farne un uso democratico, non imposto dall’altro. Per ottnere questo risultato, la Street Art transforma il linguaggio commerciale e aziendale in un linguaggio di protesta e opposizione contro l’nvasione pubblicitaria.

(...)

Inoltre, questa tendenza dell’Urban Art porta in sé un ulteriore messagio, o meglio, un ideale. La grande collaborazione, solidarietà e stima reciproca tra i vari artisti raresentano un chiaro invito al rispetto della diversità, alla contaminazione e alla multiculturalità. (...) è un mezzo di sensibilizzazione e di educazione alla toleranza

Claudia Galal, Street Art

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Most Hated

Quando estava a ler o Ípsilon, encontrei uma reportagem sobre os Most Hated, um grupo de Hip Hop, constituído por um judeu e por um muçulmano. Ainda não tive a oportunidade de ouvir, visto estar com uma internet um pouco lenta, mas a entrevista que lhes é feita e o motivo que os levou a formar este dueto pareceu-me super interessante. Se tiverem oportunidade leiam este artigo integral, se não, eu deixo aqui alguns excertos.

Para ouvirem a música deles podem ir a http://www.myspace.com/mosthatedrap (coisa que eu farei quando voltar a Lisboa).

Sneakas e Mazzi descrevem-se a si próprios como “dois MC incrivelmente tlentosos e extremamente diferentes”. Formaram o duo Most Hated em 2007, em Nova Iorque, e o êxito foi confirmado no YouTube, em vídeos insolentes e divertidos, “Shalom, Salaam”, “Tug of War” e “History (re) right”, onde há um soldado e um bombista, onde há Ciro e Mein Kampf, onde há humus & Hamas”, onde há “Jews & Jewelery”. (…)
Sneakas (Yoni Bem-Yehuda) começou a chamar a atenção começou a chamar a atenção quando participou no platinado “The Light and the Shadow” do israelita Subliminal (Ya’akov ‘Kobi’ Shimoni), um dos criadores do chamado “hip-hop sionista”. Curiosa a sua associação com este rapper, filho de uma judia do Irão e de um judeu da Tunísia, cujas canções patrióticas, sobretudo a partir da segunda Intifada de 2000, reflectem a perseguição dos seus pais nos países de origem, elogiam o serviço militar e condenam o consumo de drogas. (…)
A essência de Most Hated foi assim resumida por Sneakas: “Muitos grupos formam-se porque os membros estão de acordo no início e depois acabam porque não se entendem à medida que o tempo passa. Mazzi e eu discordamos desde o princípio e esperamos que, à medida que o tempo passa, aprendemos a concordar um com o outro. É por isso que fazemos música.

(…)

Sneakas, o que é que Israel representa para si? (…) Apoio os meus soldados israelitas e sei que às vezes têm de tomar decisões muito difíceis para proteger Israel.
(…) Israel e o seu governo têm a obrigação de proteger o seu povo dos muitos e crescentes perigos que nos rodeiam.

(…)

Quando olha para o Irão, o que é que Mazzi vê? E o que é que vê quando olha para Israel? Será que viver na América mudou a percepção do país onde nasceu o “inimigo”? Bem, o “inimigo” é o governo corrupto. Seja no Irão, nos Estados Unidos ou em qualquer outro lugar. Quando olho para o Irão, vejo um incrível potencial mas oportunidade mínima. Quando olho para Israel, vejo luta, racismo, limpeza étnica, violações dos direitos humanos, caos, beleza, espiritualidade, crianças inocentes, história & riqueza tudo num só… Bastante louco!

(…)

Em “Tug of war”, Mazzi representa o papel de um palestiniano, um muçulmano, um bombista suicida. Porquê? Para mostrar que muita coisa acontece até chegar a esse nível.

(…)

Os muçulmanos são vítimas. Sem dúvida… e quando alguém é vitimizado durante tanto tempo, ele ou ela tende a ripostar. Alguns reagem com extremismo, outros usam métodos mais inteligentes de retaliação…

(…)

Por que chamaram ao grupo “Most Hated”? o objectivo é passar uma mensagem política?
Sneakas
– (…) Imaginámos que um judeu e um muçulmano, onde quer que estejam, serão os mais odiados.

(…)
Nenhuma memória pode ser visitada. Mais grave: há lembranças que apenas na morte se reencontram.

(...)

É a solidão o que mais tememos na morte, prosseguiu ele. A solidão, nada mais que a solidão.

(...)

Em criança não nos despedimos dos lugares. Pensamos que voltamos sempre. Acreditamos que nunca é a última vez.

(...)

É por isso que te escrevo. Não há morte, nesta carta. Mas há uma despedida que é um pequeno modo de morrer.

(...)

Nunca faças nada para sempre. Excepto amar.

Mia Couto, Jesusalém

domingo, 16 de agosto de 2009

Viver? Ora, viver é cumprir sonhos, esperar notícias.

(...)

- Então, filho, o que se passa?
Nuntzi ripostou com pacificados modos, tão suaves que eu mesmo me surpreendi:
- Estou cansado, pai.
- Cansado de quê? Se você não faz nada, de manhã à noite?
- Não viver é o que mais cansa.

(...)

Saudade é esperar que a farinha se refaça em grão.

(...)

Eu estava no caminho inverso de Zaca: um dia seria bicho. Como é que, tão longe da gente, nós ainda éramos homens? Essa era a minha dúvida.
- Não pense assim. Lá na cidade é que nós nos bichamos.
No momento, não avaliava quanto o militar estava certo. Mas hoje, sei: quanto mais inabitável, mais o mundo fica povoado.

Mia Couto, Jesusalém

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

- Bom, às vezes estas egrégias instituições oferecem uma ou duas bolsas de estudo para os filhos do jardineiro ou de um engraxador para assim mostrarem a sua grandeza de espírito e caridade cristã - expôs Fermin. - A maneira mais eficaz de tornar os pobres inofensivos é ensiná-los a quererem imitar os ricos. É esse o veneno com que o capitalismo cega...
Carlos Ruiz Zafón, A Sombra do vento