No princípio não esteve o Verbo.
Falar dos primeiros sons do cinema, é falar de quase tudo menos, quase sempre, de palavras: é falar, primeiramente, no ruído do projector, é falar, depois, na música –de piano ou de orquestra e, às vezes, mesmo cantada – que acompanha, em regra, cada sessão; é falar, por fim, nos múltiplos ruídos das salas, quase sempre mal adaptados ao silêncio religioso que impera, hoje, nos nossos cinemas-estúdio.
(...) ouvir um filme era escutar um universo desprovido do som da palavra e partilhar o sentimento de comunicar para além dela. Ouvir um filme era vê-lo (...).
João Mário Grilo, As Lições do Cinema
Azulejo com…Manuel Cargaleiro
Há 14 anos
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