terça-feira, 18 de agosto de 2009

Nenhuma memória pode ser visitada. Mais grave: há lembranças que apenas na morte se reencontram.

(...)

É a solidão o que mais tememos na morte, prosseguiu ele. A solidão, nada mais que a solidão.

(...)

Em criança não nos despedimos dos lugares. Pensamos que voltamos sempre. Acreditamos que nunca é a última vez.

(...)

É por isso que te escrevo. Não há morte, nesta carta. Mas há uma despedida que é um pequeno modo de morrer.

(...)

Nunca faças nada para sempre. Excepto amar.

Mia Couto, Jesusalém

Sem comentários: