Nenhuma memória pode ser visitada. Mais grave: há lembranças que apenas na morte se reencontram.
(...)
É a solidão o que mais tememos na morte, prosseguiu ele. A solidão, nada mais que a solidão.
(...)
Em criança não nos despedimos dos lugares. Pensamos que voltamos sempre. Acreditamos que nunca é a última vez.
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É por isso que te escrevo. Não há morte, nesta carta. Mas há uma despedida que é um pequeno modo de morrer.
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Nunca faças nada para sempre. Excepto amar.
Mia Couto, Jesusalém
Azulejo com…Manuel Cargaleiro
Há 14 anos
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