segunda-feira, 30 de março de 2009






Gent, Bélgica
Março 2009

Lille II









Gent, Bélgica
Março 2009

Uma morte suave

Trabalho árduo, o de morrer, quando se ama a tal ponto a vida.

(...)

"Hoje, não vivi - Estou a perder dias de vida". Cada dia tinha para ela um preço incomparável. E, no entanto, estava morrer. Eu sabia-o; ela, não. Era em seu nome que todo o meu ser se revoltava.


Simone de Beauvoir, Uma Morte Suave

domingo, 29 de março de 2009


Jef Aerosol
Wazemmes, Lille
Março 2009

sexta-feira, 27 de março de 2009

Resist much, obey little


The Dude Company
Lille, França
Março 2009

Lille

Lille foi a razão porque fizemos esta mini-viagem da Holanda a França. Estava entusiasmadíssima com a cidade.


E foi um dos pontos altos, acho. Adorei a cidade, principalmente Wazemmes. Na verdade, passámos praticamente o dia todo em Wazemmes.


Num post atrás falei das pessoas que conhecemos, por isso, acho que não vale a pena repetir.




De Lille fomos para Liéges passar a noite a casa de um amigo da Teresa. De manhã fomos para Maastricht, sem a Lisa que teve exame.


Não sei como fizemos Maastricht. Gostei imenso da cidade, mas a verdade é que tanto eu como a Teresa estávamos exaustas e além disso estava a chover.


Terça-feira era suposto irmos a Utrecht, mas o cansaço venceu.

Agora estou em Perugia e também me sabe bem.

Gent

Nunca diria que Gent era na Bélgica. Sempre ouvi dizer que a Bélgica era horrível, um país chato, sem nada. Gent é simplesmente amoroso. Tivemos imensa sorte com o tempo e, tal como em todos os países do norte, as pessoas aproveitam qualquer segundo do sol. E tanta gente na rua é o que mais gosto.


terça-feira, 24 de março de 2009

Amizades (curtas)

Não me considero uma pessoa super sociável, de todo a mais sociável do mundo. Em Lisboa sempre tive um bocado de preguiça de ser a simpatia em pessoa para toda a gente, de querer falar com toda a gente. É a última coisa que me interessa. Se não tenho e empatia imediata quando conheço alguém, é difícil criar uma relação de amizade com essa pessoa.

Mas, quando estamos longe dos nossos, temos que criar uma nova faceta. Temos que ser sociáveis, mesmo com quem nunca seríamos. Quando fui para Cadiz, lembro-me que de início tinha que me dar com toda a gente. Só algum tempo depois é que criámos o nosso grupo. E foi tão giro perceber que numa tarde, na praia, todos percebemos que algo tinha mudado. Que aquele grupo tinha um significado especial para nós.

Cadiz já foi há dois anos. E ainda é muito importante para mim. Acho que estive lá cerca de dois meses e assim mesmo fiz grandes amigos. Pessoas com quem me faz imensa falta falar, de quem continuo adorar. E com quem vou estar dentro de um mês. Pois, um mês às vezes cria estas amizades.

Por outro lado, estive em Lille há dois dias. Fabien, um couchsurfer, deu-nos casa. Convidou-nos para irmos a casa da amiga dele, a Marie. Tivemos um dia com eles. Só um dia e ficámos tão tristes por ter que ir embora. Gostávamos mesmo de ter ficado mais tempo. Gostava mesmo de voltar a encontrá-los. Acho engraçado e quase inimaginável poder criar tanta ligação com alguém num dia. Mais engraçado ainda, é que cheguei a casa, abri os meus emails, e tinha uma mensagem da Sonia. Sonia é uma francesa que conheci na Polónia. Os três dias que tive na Polónia, praticamente deixei os meus amigos de há anos de lado e passei-os com ela e a Jiha (amiga da Sonia). Outra vez, neste curto espaço de tempo acho que fiz boas amigas. Tenho saudades delas e quero ver se me encontro com elas.
E foi giro, porque tanto em Lille como em Cracóvia, levaram-me a mim e aos meus amigos ate à porta do comboio e viram-nos a partir.

Hoje a Teresa disse-me que achava engraçado que nestes dias aqui estive nunca tivesse falado com ninguém de Lisboa e passasse o tempo a falar com as pessoas de Perugia. A verdade é que já me habituei a estar longe de Lisboa e tenho imensas saudades de Perugia. Só estou lá há pouco mais de um mês. Tive que me tornar um ser sociável mais uma vez. O mesmo processo de Cadiz. Até nos amigos, nos bons amigos, que tão pouco tempo depois de lá estar, já encontrei.

É que esse era o meu medo. Só encontrar amigos superficiais, no sentido em que não sentisse quer iriam tornar-se importantes. Mais do que pensava e muito mais tornaram-se importantes.

E em tão pouco tempo.

De regresso a Nijmegen (Antuérpia)

Chegámos ontem à noite a Nijmegen. A viagem foi óptima mas estávamos exaustas. Ainda estou, porque não pareceram três dias mas quase um mês.
Tenho que explicar que na minha segunda noite em Nijmegen a Teresa teve um jantar com duas amigas e acabámos por decidir que uma delas vinha connosco, a Lisa.



Portanto, na sexta-feira de manhã partimos para Antuérpia (a Lisa foi ter connosco mais tarde) e às cinco da tarde encontrámo-nos com o Koen, um couchsurfer que nos alojou. Era simpático, mostrou-nos a cidade e tudo, mas não era expansivo por aí além, o que se tornou pouco confortável para nós.

Confesso que logo na Antuérpia, a minha ideia sobre a Bélgica mudou completamente. Não tinha qualquer interesse e pareceu-me bastante giro.



No dia a seguir de manhã partimos para Gent, que fiquei apaixonada.



quinta-feira, 19 de março de 2009

Nijmegen

Terça-feira ao fim da tarde tive que sair de Perugia, porque o meu avião aqui para a Holanda era às 6h da manhã. Custou-me um bocado. Mesmo que seja só por uma semana. Numa semana pode-se passar tudo e pensar que não estou lá, mesmo que por tão pouco tempo, fez-me confusão. Tal como quando saí de Cadiz para ir para Paris. Mas aqui estou bem mais animada. Mas foi engraçado, no caminho do comboio, pensar que me vou embora uma semana e já me custa. Mas é bom sinal. É sinal que me sinto em casa, sinto que aquele também já é o meu lugar.

Entretanto, agora já estou por Nijmegen, em casa da Teresa. Ontem cheguei cansadíssima. Dormi, dormi, mas ao fim da tarde ainda fui um bocadinho ao centro e para casa de uns amigos dela. Gostei bastante, mas confesso que o cansaço me venceu por completo.
A Teresa tem o último exame hoje, então vou aproveitar para conhecer isto um bocadinho melhor e amanhã partimos para a Bélgica.

Por enquanto não tenho fotos e não sei se vou conseguir mostrar alguma coisa até voltar para casa. Mas logo se vê.

Beijinhos

segunda-feira, 16 de março de 2009

Aqui também já chegou o bom tempo! Não como em Lisboa, mas está sol e até dá para estar de manga curta.
E a cidade com sol é absolutamente espectacular. Até gosto dos domingos aqui. Toda a gente sai, senta-se na escadas, a comer gelados, beber, seja o que for. Sábado à noite são o dobro das pessoas. Imaginem uma pequena avenida cheia. É assim que fica o centro de Perugia.
Adoro.


A democracia num táxi

O eminente estadista italiano que dá pelo nome de Silvio Berlusconi, também conhecido pelo apodo de il Cavaliere, acaba de gerar no seu privilegiado cérebro uma ideia que o coloca definitivamente à cabeça do pelotão dos grande pensadores políticos. Quer ele que, para obviar os longos, monótonos e demorados debates e agilizar os trâmites nas câmaras, senado e parlamento, sejam os chefes parlamentares a exercer o poder de representação, acabando-se ao mesmo tempo com o peso morto de umas quantas centenas de deputados e senadores que, na maior parte dos casos, não abrem a boca em toda a legislatura, a não ser para bocejar. A mim, devo reconhecê-lo, parece-me bem. Os representantes dos maiores partidos, três ou quatro, digamos, reunir-se-iam num táxi a caminho de um restaurante onde, ao redor de uma boa refeição, tomariam as decisões pertinentes. Atrás de si teriam levado, mas deslocando-se em bicicleta, os representantes dos partidos menores, que comeriam ao balcão, no caso de o haver, ou numa cafetaria das imediações. Nada mais democrático. De caminho poderia mesmo começar a pensar-se em liquidar esses imponentes, arrogantes e pretensiosos edifícios denominados parlamentos e senados, fontes de contínuas discussões e de elevadas despesas que não aproveitam ao povo. De redução em redução confio que chegaríamos ao ágora dos gregos. Claro, com ágora, mas sem gregos. Dir-me-ão que a este Cavaliere não há que tomá-lo a sério. Sim, mas o perigo é que acabemos por não tomar a sério aqueles que o elegem.

Bad Taste Party






domingo, 15 de março de 2009

Noodle Mush


Roma, Itália
8 Março 2009

sexta-feira, 13 de março de 2009

Nunca sentiram que o tempo é demasiado escasso para se fazer tudo o que se quer?
Antes podia sentir que perdia o meu tempo. Agora sinto o meu tempo a voar. Tenho que tomar decisões porque não há tempo para tudo, não posso fazer tudo. E não sei que decisões tomar.
Somos, cada vez mais, os defeitos que temos, não as qualidades.

José Saramago, A Viagem do Elefante

quinta-feira, 12 de março de 2009

No morti sul lavoro


Roma, Itália
7 Março 2009

quarta-feira, 11 de março de 2009

Mais e mais Roma








Va benne assim? É que só tive lá dois dias :)
Beijinhos