quinta-feira, 20 de março de 2008

Destino: MADRID Y CADIZ



DIA 4:

O que nos leva a voltar a um sítio que já não é o nosso? Que não voltará a ser nosso?
Não será isso mesmo, pedir a consciência de que não existirá mais, que o que resta são as memórias?

Voltar à mesma cidade, ao exacto local de onde se tem cada recordação, pode fazer parecer que tudo era ilusão. Que aquele sítio não era tão bom, tão especial. Que éramos nós que o tornávamos assim.

E em parte, não é bom pensar assim? Que fazemos parte do que nos faz feliz e que sem nós e o que era nosso já não tem tanto significado?

Ao mesmo tempo, podemos ter uma surpresa. Pensar que afinal ter voltado ao mesmo local não foi assim tão mau...
O sentimento de pertença já não é o mesmo, claro. Mas os espaços estão lá, exactamente iguais, para dar a novos grupos o que deram ao meu. E é isso que vejo no sorriso dos outros.

Mas aquele espaço já não é o meu. Aquela realidade não é a minha.

Assim, só me resta seguir o meu caminho.

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