quinta-feira, 29 de maio de 2008

One Shot



One shot ! blood ! another killa'
Sarce teharaste tcharchoreune émadeune
Blood, mais le sang appelle le sang !
Ahbeusse el guierrant del moth soffle medeun
Shoot chaque guerre comme un attentat !
Quand les bombes claquent c'est une trêve pour un combat
Et il n'y aura pas de survivants !
Et toutes ces victimes c'est les mêmes à chaque fois

Partir pour une fin horrible,
Parce que leur vie n'était qu'une horreur sans fin
Mais dis-moi qui est vraiment la cible ...
(Again) Ces martyrs sont partis pour cette fin horrible
Parce que leur vie n'était qu'une horreur sans fin
Mais dis-moi qui est vraiment la cible
Lorsque revient l'odeur de la mort, et partout son parfum,
Car le sang coule, sur le Coran, la Torah ou sur la Bible.
C'est au nom de Dieu que les peuples on assassine
Voilà les progrès maintenant que c’est l’an 2000
C’est la peur qui augmente et la terreur qui culmine.
L’occident entraîne tout dans sa chute dans l’abîme
Pendant que le Sud sacrifie toujours ses victimes.
Ceux qui sont en première ligne sont toujours les civils
Et ce sont les monstres qui dominent

Laisse-les parler !
Tous ces bad man, tous ces gars qui vannent l’arme,
Qui condamnent, essaient de nous étouffer.
Laisse-les parler !
Et viens chanter pour ces héros
Au regard qui brille de Bagdad à Sarajevo
Laissez parler, sur la misère du monde, trafiquants d’armes.
Les proxénètes embauchent mais l’Etat ne verse pas de larmes.
Laissez parler, il est temps que cessent les guerres,
Trop de mort ont déjà leur pierre.

Sarce taharaste I wot el woct
Bezef Edameun arbeuse arbeusse alnewe ahianne
Sarce tararaste Del moth role nar vavanar yf kar
Sarce taharaste Aouct medeun salene héeuni

Car lorsqu’un homme tue un homme
C’est l’humanité qu’il blesse !
Mais cette spirale jamais ne cesse
De cette loi fondamentale tu te défends
Quand on t’agresse
Mais le mal appelle le mal et les âmes
Restent vengeresses
Non non non mais quel gagnant dans une guerre
Chaque camp compte le corps
Et il ne reste que poussière
Non non non tant de gens qui vivent l’enfer
Un homme tue un homme
C’est comme si il tuait son frère.

Dub Incorporation, One Shot

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Maputo







Maputo, Moçambique, Janeiro 2006

domingo, 25 de maio de 2008

Goodnight Irene




Lisboa. Portugal. Hoje em dia.
Estamos em Lisboa mas para Alex e Bruno poderia ser qualquer outra época ou lugar. Alex é um actor inglês falhado, velho e solitário, que grava narrações para vídeos turísticos, e embebeda-se até adormecer. Bruno é um jovem e recatado serralheiro que se dedica à sua obsessão: lutar contra a passagem do tempo, invadindo casas de estranhos para fazer "registos" das suas vidas, que depois guarda num arquivo nas traseiras da sua loja.
Os dois partilham uma obsessão por Irene, uma atraente pintora, que tem toda a paixão pela vida que a eles lhes falta.
Mas um dia Irene desaparece, sem deixar rasto...
Inicialmente contrariados, Alex e Bruno unem forças para descobrir o que lhe aconteceu. À medida que procuram pistas no apartamento de Irene, vão criando uma verdadeira amizade. Quando descobrem que Irene poderá estar em perigo em Espanha, este dois heróis improváveis decidem salvá-la. A viagem poderá ser em vão. Mas irão fazê-la juntos. Como amigos.

http://cinecartaz.publico.clix.pt

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Portugal, mais desigual

União Europeia é mais uniforme que os Estados Unidos
Portugal é o país da UE com mais desigualdades na distribuição de rendimentos


22.05.2008 - 16h45 Lusa

Portugal foi hoje apontado em Bruxelas como o Estado-membro com maior disparidade na repartição dos rendimentos, ultrapassando mesmo os Estados Unidos nos indicadores de desigualdade. O Relatório Sobre a Situação Social na União Europeia (UE) em 2007 conclui, no entanto, que os rendimentos se repartem mais uniformemente nos Estados-membros do que nos Estados Unidos, à excepção de Portugal.
(...)
"Portugal distingue-se como sendo o país onde a repartição é a mais desigual", salienta o documento que revela não haver qualquer correlação entre a igualdade de rendimentos e o nível de resultados económicos.
(...)

in http://ultimahora.publico.clix.pt/


A injustiça avança hoje a passo firme
Os tiranos fazem planos para dez mil anos
O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são
Nenhuma voz além da dos que mandam
E em todos os mercados proclama a exploração;
isto é apenas o meu começo
Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem
Aquilo que nós queremos nunca mais o alcançaremos
Quem ainda está vivo não diga: nunca
O que é seguro não é seguro
As coisas não continuarão a ser como são
Depois de falarem os dominantes
Falarão os dominados
Quem pois ousa dizer: nunca
De quem depende que a opressão prossiga? De nós
De quem depende que ela acabe? Também de nós
O que é esmagado que se levante!
O que está perdido, lute!
O que sabe ao que se chegou, que há aí que o retenha
E nunca será: ainda hoje
Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã”

Bertold Brecht, Elogio da Dialectica

O prazer que é viver (III)





O prazer que é viver (II)




quarta-feira, 21 de maio de 2008

O prazer que é viver






No hay cura para el nacimiento y la muerte excepto disfrutar el intervalo.

Santayana

terça-feira, 20 de maio de 2008

Toilette monsters


Diogo Machado

Eterno Retorno

"E se um dia ou uma noite um demónio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez - e tu com ela, poeirinha da poeira!". Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías: "Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!" Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?" pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?"

Nietzsche

Repetir a História

Dizia Karl Marx, que : " A História repete-se: a primeira vez como tragédia, a segunda como comédia», ainda nesta linha de pensamento, podemos dizer que a história acontece uma vez como tragédia e se repete como comédia, à terceira é uma farsa. Uma farsa é uma comédia que se repete tragicamente. Quem conhece a historia , entende melhor o presente e poderá antecipar o futuro.

Jordi Castan Marcadores

Festival de Telheiras - ArtJovem

"bonequinha"


leandrorodrigo.files.wordpress.com

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Pesca






Vila Nova de MIlfontes, Agosto 2007

domingo, 18 de maio de 2008

God Doesn't Smoke Dagga

I was asleep, not quite. You may call it a dream. I don't know what to call it. Do we dream even when we are awake, not quite; but not quite asleep, either? It was in this strange space between sleep and non-sleep, the attempt at sleep and the simultaneous attempt at remaining awake, trying to think through what I heard at the Johannesburg Hospital earlier in the day, that this picture of Lesedi visited me. It was by now a familiar picture. I have seen it often. We had spent many nights and dawns at each other's flats, in each other's beds and arms, mouths and the southern hemispheres.

Phaswane Mpe, Collected New South African Short Stories

segunda-feira, 12 de maio de 2008

La démocratie


À quoi sert la démocratie, se demandent-ils, si elle ne permet pas de se protéger contre cet insolite abandon? Si elle n'améliore pas rapidement les conditions matérielles de vie?

Ignacio Ramonet, Géopolitique du chaos
Imagem: Banksy

El viento



El viento viene
El viento se va
Por la frontera
El viento vien
El viento se va
El hombre viene
El hombre se va
Sim más razón
El hombre viene
El hombre se va
Ruta Babylon..
Por la carretera
La suerte viene
La suerte se va
Por la frontera
La suerte viene
La suerte se va
El hombre viene
El hombre se va
Sin más razón
El hombre viene
El hombre se va
Cuando volverá
Por la carretera

Manu Chao, El viento
Fotografia: Assilah, Marrocos

Tea party?


Herakut Hit, Los Angeles
http://www.imeem.com/carmichaelgallery/

Esquecer

Continuo a viver como se nada se passasse. Como se nada se tivesse passado,
Para mim está tudo igual.
Continuo a ter tudo o que tive. Nunca perdi nada.
Não sinto falta de nada porque tudo o que tenho é tudo o que experimentei.
E nada perdi. Tudo o que vi é o todo que tenho.

Mas um dia paro e penso. E num segundo lembro-me do que tive e tudo o que perdi. Sinto como o que já não tenho faz falta. Mas só num segundo.
No segundo mais triste de sempre.
Mas um segundo não dura para sempre.
Um segundo dura isso mesmo. Dura um segundo.
E quando o segundo passa, volto a ter tudo o que sempre tive.
Volto a cair no esquecimento.


E o esquecimento é o caminho mais fácil e o mais ingrato.
De todos, o mais injusto.

domingo, 11 de maio de 2008

Sociável por interesse

Para Aristóteles, o homem era naturalmente sociável, naturalmente cidadão (Zoon politikon, animal político); a sociedade política era um facto natural. Estupidez, responde Hobbes: a natureza não colocou no homem o instinto de sociabilidade; o homem não procura companheiros senão por interesse, por necessidade; a sociedade política é o fruto artificial de um pacto voluntário, de um cálculo interesseiro.

Jean Jacques Chevallier/Yves Guchet, As Grandes Obras Políticas de Maquiavel à actualidade, Lisboa, Publicações Europa-América, 2004, pp.67-68.

sábado, 10 de maio de 2008

Somewhere Between Happiness & Sadness


Kinsey, Somewhere Between Happiness & Sadness

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Ser visto

Todos vêem aquilo que tu pareces, poucos sabem quem tu és; e estes poucos não se atrevem a opor-se à opinião dos muitos que têm a majestade do Estado que os defenda ; e nas acções de todos os homens e principalmente nas dos príncipes, das quais não se pode recorrer, se atende ao fim. Faça, pois um príncipe por vencer e por manter o seu Estado que os meios serão sempre julgados honrosos e de todos louvados; porque o vulgo deixa-se sempre levar pela aparência e o sucesso das coisas; e no mundo não há senão vulgo e os poucos só têm lugar quando os muitos não tem em que apoiar-se.

Maquiavel, texto Do modo que os príncipes devem cumprir a sua palavra

Pobel


Banksy, The Cans Festival

Street of Istambul


Lakormis
http://www.woostercollective.com

quarta-feira, 7 de maio de 2008

1900

- Se se pudesse ver agora, Senhor Alfredo.
Isto não é forma de um patrão morrer.
Porque é que tinha de soltar as vacas? Era para eu ter mais trabalho?
Talvez a verdade seja que quando um homem não faz nada a vida toda, fica com demasiado tempo para pensar, e pensar torna-o estúpido.

Eu pelo menos sabia quem tu eras e tu sabias quem eu era. Sabia quem dava ordens. Um boi grande e feio. Mas agora, quem sabe o que acontecerá sem ti?

(...)

- Pousa esse bicho da seda. Pousa-o.
- Porque o pousaria?
- Porque sabes que estão ao meu cuidado.
- Mas eu posso tocar nestes bichos da seda tanto quanto quiser.
- És estúpido.
- Não. Sabes, sou o patrão.
- Mas os ninhos são meus. Ninguém deve interferir.
- Porque não?
- Porque eu alimento-os, percebes? Pousa-os.
- Só quando me apetecer.
Mesmo que os alimentes, os bichos da seda continuam a ser todos meus.
E as frutas também são minhas. E a ceifeira mecânica. E o trigo é meu. Este bicho é meu. As vacas são todas minhas,
Até a família Dalco me pertence.
E tu também me pertences.


Bernardo Bertolucci, 1900

terça-feira, 6 de maio de 2008

Crimes



There are crimes that become innocent and even glorious through their slendour number and excess.

The Cans Festival






http://www.thecansfestival.com/

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Gente




Paris, Fevereiro 2007

Bananaz



Indie Lisboa 2008

domingo, 4 de maio de 2008

Revelação

Tu fazes muitas críticas, acusações e perguntas
agora vou abrir o jogo, só para ver se tu aguentas
Deus só existe fantasiado na vossa mente
eu sou Diabo, o único ser superior existente
vocês são minha criação, feitos à minha semelhança
por isso é que o mundo é um palco de Malevolência
quando praticam o Bem é só um acto de desobediência
vossos instintos naturais são o ódio e a ganância
terão sempre a ditadura, a escravatura, a opressão
descriminação, censura, repressão
minha função foi criar-vos para autodestruírem-se
para fustigarem-se, invejarem-se, consumirem-se
para mergulharem na imperfeição, erro e pecado
enlamaçarem-se no Mal que eu tenho libertado
vou assistir, disperto e alegre ao vosso caos inquieto
até este planeta se tornar na Terra-Mãe do inferno

Deus só existe fantasiado na vossa mente


Valete, Revelação

sexta-feira, 2 de maio de 2008

How to explain?

"I remember everything, down to the smallest detail; the strange part of it is that I cannot explain why I said or did anything, or why I went to such and such a place."

Fyodor Dostoyevsky, Crime and Punishment