Cerca de 16 por cento da população moçambicana entre os 15 e os 49 anos está seropositiva, foi ontem anunciado na imprensa daquele país africano, na sequência do Dia Mundial de Luta contra a Sida, em 1 de Dezembro.
A função pública moçambicana está a registar elevados índices de mortalidade e de abstentismo devido a este problema, conforme explicaram as autoridades. De 165.000 funcionários públicos, mais de 31.000 (cerca de 20 por cento) estão seropositvos, incluindo mais de 9000 num estágio avançado da doença.
Até 2010, 17 por cento de todos os professores que havia em Moçambique terão já morrido de sida, sendo 40 por cento dessas mortes na zona centro do país, noticiou ontem o Diário Mphamma, de Maputo.
Só ficará um professor para cada 82 alunos do ensino primário, o que irá “baixar cada vez mais a qualidade do ensino”, destacou aquele jornal, transmitido por fax, e-mail ou entregue ao domicílio, na capital e na Matola.
Por outro lado, calcula-se que 20 por cento das crianças moçambicanas irão ficar órfãs até 2010, devido a esta mesma problemática, que está a fazer com que diminua a esperança de vida (que já não vai a mais de 41 anos), pois já serão mais de dois milhões os cidadãos infectados, num país cuja população é de 21,2 milhões de habitantes.
A taxa de prevalência nacional situava-se, já em 2003, nos 13,8 por cento, havendo, no entanto, províncias como Sofala, no centro do país, em redor da cidade da Beira, em que ascendia a 25 por cento.
Em Dezembro de 2001 havia 1.129.238 pessoas infectadas com VIH e actualmente é possível que esse número já tenha duplicado.
Admite-se que na presente década mais de um milhão de moçambicanos venham a morrer devido a esta calamidade, com centenas de cidadãos a ficarem infectados em cada dia que passa.
in Público
3 Dezembro 2008
Azulejo com…Manuel Cargaleiro
Há 14 anos
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