quarta-feira, 10 de junho de 2009

Estávamos no autocarro, a caminho de uma cidade qualquer na Sardegna, a ouvir La Carta de Quilapayun e eu comentei com a Joana o quanto ficava arrepiada a ouvir esta e outras canções. A força com que se vivia as coisas, com que se lutava. No que se podia acreditar. Realmente, podia acreditar-se nalguma coisa, o extremismo fazia sentido.
Com tudo o que se sabe, com o pouco que sei, não acho que faça mais sentido (não que por vezes não o seja). Não sei exactamente pelo que lutar, como lutar, com que lutar.


Arrepia-me pensar no que era e no que é a luta.

Não acredito em extremismos, pelo pouco que sei. Mas põe-me os nervos em franja, de cada vez que os igualam.

Por outro lado, vivo e estudo com um romeno. Cada vez que se fala do papel do PC em Itália, contorce-se na cadeira. Ao falarmos, disse-me ainda ser um tabu para ele falar do PC. Se bem, que não acredito, nem ele, que seja possível os regimes comunistas surgirem como foram, não nesta Europa ocidental.

Ao mesmo tempo, arrepio-me ao ver o resultado destas eleições europeias. Já me arrepiava com os extremismos italianos, com os posters na parede. Com as descrições no facebook da visão política, dos grupos a que pertencem.

Não suporto que igualem extremismos. Arrepia-me que este esteja a ganhar território. Porque acredito que este pode ser implementado exactamente da mesma maneira.

1 comentário:

Cate disse...

Ainda tenho fé no bom senso da maioria.