Eu nunca tinha visto morrer ninguém. O som da cabeça do rapaz a abrir-se no lancil ficou gravado em mim. Disseram que ele tinha ido demasiado longe. O Derek foi condenado por homicídio não premeditado. Teria sido prisão perpétua se eu tivesse testemunhado.

(...)

- Quero saber uma coisa. Porque vieste para aqui? Não mataste ninguém. És lingrinhas demais para andares num bando.
(…)
- Roubei um televisor.
(…)
- Espera aí… Isso não faz sentido. Não apanhas seis anos por roubares um televisor.
- Entrei na loja, saí, o polícia agarrou-me o braço, o televisor caiu-lhe no pé e partiu-o. Disseram que eu atirei o televisor ao polícia. Agressão. Seis anos.

América Proibida (1998), de Tony Kaye